terça-feira, 31 de março de 2015

Anvisa suspende venda de produtos de anticelulite
A Anvisa suspende em todo território nacional a divulgação e a comercialização dos produtos da empresa Saúde em Equilíbrio Ltda., por não possuírem Autorização de Funcionamento da Agência.

A empresa divulgava e vendia os produtos listados abaixo que não eram cadastrados e que apresentavam alegações de efeitos terapêuticos, de embelezamento e correção estética.


Bermuda Alta Anticelulite Infravermelho
Bermuda Alta Anticelulite Infravermelho Algodão Orgânico
Blusa Manga ¾ Anticelulite Infravermelho
Calça Corsário Emana Classic
Calça Fuseau Anticelulite Infravermelho
Calça Fuseau Anticelulite Power Modeladora
Calça Legging Anticelulite Infravermelho Cós Largo
Calcinha Alta Anticelulite Infravermelho Algodão Orgânico
Calcinha Anticelulite Infravermelho Algodão Orgânico
Cinta Abdominal Anticelulite Infravermelho
Cinta Abdominal Anticelulite Infravermelho
Corsário Anticelulite Light
Cotoveleira com Infravermelho Longo
Cueca com Infravermelho Longo Algodão Orgânico Power
Joelheira Fechada com Infravermelho
Luva Alternativa Infravermelho Longo
Macacão Anticelulite Infravermelho
Ombreira com Infravermelho Longo para LER-DORT
Pijama Infravermelho Longo Algodão Orgânico
Regata Dupla Emana Light
Regata Light Anticelulite
Regata Tradicional Classic Anticelulite
Top Cruzado Anticelulite Infravermelho
Top Decote Anticelulite Infravermelho
Tornozeleira com Infravermelho Longo

quinta-feira, 26 de março de 2015

Cirurgia de coluna ainda é tabu no Brasil

Recuperação mais rápida e menos dor no pós-operatório são vantagens da técnica minimamente invasiva, mas muitas pessoas não conhecem o método e por medo continuam com a dor

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população mundial sofre de dores na coluna. A dor nas costas é a doença crônica mais comum no Brasil. A incidência deste problema é muito alta, quem não teve ainda vai ter. Quando se fala em cirurgia de coluna ainda existe um tabu. As principais preocupações dos pacientes são: "se der errado não vou mais andar?", "irei sentir muitas dores no pós-operatório?", "tenho medo de anestesia geral" ou "terei que repetir o procedimento outras vezes?". O que a maioria desconhece é que há uma técnica minimamente invasiva que oferece muitos benefícios, além da alta hospitalar acontecer no mesmo dia.
O neurocirurgião e especialista em cirurgia de coluna do Instituto Brasileiro Integrado de Neurociências - IBRAIN, Dr. Marcelo Perocco, explica que a cirurgia minimamente invasiva atua apenas na região da dor e afeta menos a estrutura do paciente. "Com todos os exames de imagem que nós temos, é possível localizar o que está causando a dor, não sendo necessária uma cirurgia aberta da coluna, mais agressiva. A microcirurgia é segura, não causa quase nenhuma lesão na musculatura e nos ossos, reduz o risco de infecções, o tempo cirúrgico é bem menor, a recuperação é mais rápida e diminui a dor do pós-operatório. O paciente troca a dor por uma vida mais saudável", destaca.
De acordo com Dr. Marcelo, a técnica é aplicada com anestesia local e sedação e pode ser utilizada para o tratamento de diversas doenças, por exemplo, bico de papagaio, artrose e hérnia de disco. Os fatores que podem desencadear as dores na coluna são diversos como, obesidade, excesso de exercício físico, má postura, sedentarismo, fumo, doença degenerativa, entre outros.
A falta de conhecimento ou o medo infundado faz com que a procura pelo especialista seja tardia, quando o problema já está maior. "A dor é um sinal de alerta, pode ser apenas uma dor lombar, mas às vezes é uma manifestação de uma doença grave. Então, o ideal é procurar ajuda médica e não se automedicar", alerta Perocco.

terça-feira, 24 de março de 2015

Os 10 erros mais comuns de usuários
 de lentes de contato

Cada vez mais pessoas aderem à praticidade e conforto das lentes de contato. Só no Brasil há cerca de 2,5 milhões de usuários, segundo a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (SOBLEC-SP). Porém, muitos esquecem que assim como os óculos - os acessórios precisam de cuidados especiais de higienização e conservação.

“Negligenciar esta prática pode provocar úlcera de córnea e conjuntivite alérgica. Os principais sintomas destas doenças são dor durante ou depois de tirar as lentes de contato, lacrimejamento, secreção, visão borrada, olho vermelho, desconforto e aversão à luz”, ressalta Dra Rachel Gomes, especialista do Hospital de Olhos Paulista.

Os erros mais comuns e que devem ser evitados:

 1)      Uso sem orientação médica: A indicação de um oftalmologista é imprescindível. O item deve ser personalizado e adequado às necessidades de cada um. Nunca comprar este tipo de produto pela internet, feiras ou em camelôs;
2)      Limpeza: Ao contrário do que muita gente pensa, o soro fisiológico não tem propriedades necessárias para a higienização. Há no mercado produtos específicos para lavar as lentes de contato e que proporcionam limpeza e conservação de maneira adequada e sem risco. Estes cuidados valem para as lentes de contato gelatinosa e rígida;
3)      Make: É possível usar maquiagem, mas alguns cuidados devem ser seguidos: verificar a validade de cada item; armazenar em lugar seco e arejado; evitar deixar no banheiro; evitar compartilhar os produtos, principalmente máscara para cílios, lápis de olho e pinceis. Remover adequadamente a maquiagem é muito importante e é recomendado tirar as lentes. Na região dos olhos o ideal é usar shampoo neutro para bebê ou espuma Frex Clean;
4)      Sono: dormir com as lentes de contato é o principal fator de risco para úlcera de córnea. Durante o sono, a córnea é nutrida pela pálpebra. A presença da lente de contato dificulta a nutrição e oxigenação da córnea, causando pequenas lesões que podem infecionar. Deve-se evitar ao máximo dormir com as lentes;
5)      Saliva: com a vida corrida algumas pessoas costumam pular etapas importantes e essenciais para manter asaúde ocular. Usar saliva para limpar as lentes é um erro gravíssimo. A saliva tem diversos micro-organismos que podem proliferar e causar infecções;
6)      Tempo de uso: o ideal é remover as lentes de contato ao chegar em casa. A córnea depende de oxigênio e nutrientes fornecidos pelas pálpebras e pela lágrima. Por isso, ficar um tempo do dia sem as lentes é fundamental. Principalmente para dormir;
7)      Uso inadequado de colírios: Não utilize nenhum tipo de colírio sem a orientação de um oftalmologista. O uso inadequado de algumas substâncias pode causar problemas oculares sérios e muitas vezes irreversíveis, inclusive cegueira. Fórmulas caseiras não devem ser utilizadas como colírios;
8)    Ar condicionado: ambientes com baixa umidade do ar provocam aumento da evaporação da lágrima e podem causar sensação de olho seco em pacientes usuários de lentes de contato. Tenha sempre um lubrificante recomendado pelo seu oftalmologista à mão;
9)      Água corrente: a água não tem propriedades necessárias à conservação das lentes. E também pode estar contaminada. 
10)  Troca: as caixas de lentes de contato devem ser esterilizadas uma vez ao mês (em água fervente por 30 minutos) e trocadas a cada seis meses. Lavar bem as mãos com água e sabão antes de por e tirar as lentes. Não enxugar as mãos em toalhas de tecido.

Com a chegada das estações quentes e as visitas mais frequentes a praia e piscina, a Dra Rachel Gomes lista produtos que devem estar na bagagem e dicas importantes para os usuários de lentes de contato:
1)  Lente gelatinosa Para evitar qualquer tipo de inconveniente durante as férias, a melhor opção é usar lentes descartáveis . Coloque pela manhã e descarte à noite; 
2)   Raios U.V: óculos escuros o tempo todo. Escolha um produto com qualidade comprovada;
3)   Colírio: antes de viajar procure seu oftalmologista e peça um colírio lubrificante. Vento, areia, ar condicionado podem causar incômodos – esteja preparado;
4)   Mergulho: o ideal ao entrar no mar ou piscina é retirar as lentes. Caso não seja possível à solução é mergulhar e em seguida lavar as lentes para evitar qualquer tipo de infecção.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Endometriose pode atingir o intestino feminino
Sintomas gastrointestinais, como constipação, cólica aguda e diarreia podem ser sinais de endometriose intestinal
A endometriose, doença que ocorre apenas nas mulheres, é uma inflamação provocada pelo acúmulo indevido de células do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora da cavidade uterina. “Quando a mulher menstrua parte das células do endométrio são eliminadas na menstruação. No entanto, em alguns casos, essas células migram para outras partes do corpo formando nódulos, resultando na endometriose”, diz Rubens Gonçalves Filho, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
De acordo o especialista, em geral a endometriose acomete 10% a 15% das mulheres em idade fértil, sendo mais frequente na faixa-etária dos 30 aos 40 anos.  O peritônio, membrana que envolve a face interna do abdômen, é a região mais afetada pela doença, seguido pelo ovário, bexiga e intestino.
Ao atingir o intestino, a doença também pode provocar dores e distensões abdominais relacionadas ao período menstrual e, em casos mais graves, sangramentos retais e obstruções intestinais. “A endometriose intestinal pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia. Dependendo da gravidade é necessário cauterizar o local afetado do intestino ou até remover a parte do órgão doente”, explica o especialista.
Outro prejuízo ocasionado pela doença, independente do local da inflamação, é a infertilidade. De acordo com o ginecologista, metade das mulheres diagnosticadas com endometriose apresentam problemas para engravidar devido a falhas na ovulação, obstrução das trompas e entre outros fatores. “O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para reverter o quadro. Mulheres com dores pélvicas e abdominais frequentes ou com piora ao longo do tempo, relacionadas ou não ao período fértil, devem ficar atentas e procurar ajuda médica”, explica.
Cólicas menstruais intensas e dor durante as relações sexuais são outros sintomas característicos da doença, independente do órgão afetado, que merecem atenção.

terça-feira, 17 de março de 2015

Por que você não usa preservativo?

*Alfredo Maluf

Quando você usa preservativo? Ou melhor, por que você não usa preservativo? As razões são diversas: “esquecimento”, segurança no parceiro, preconceito, medo de ser taxada “de fácil” por ter um preservativo na bolsa (no caso das mulheres), uso de drogas, por achar que atrapalha o sexo ou por se “sentir imune” ao vírus HIV, entre outros motivos.
Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde, metade dos brasileiros entrevistados afirmou não usar o preservativo em todas as relações sexuais. Um levantamento da Casa da Adolescente, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que 23% das adolescentes já usaram a chamada pílula do dia seguinte, por não terem usado preservativo nas relações. De acordo com a pesquisa Lenad 2014 (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), 3 em cada 10 rapazes e 38% das moças afirmam utilizar camisinha raramente ou nunca em suas relações sexuais. Segundo pesquisa da Caixa Seguros, 34% dos entrevistados admitiram já ter feito sexo sem proteção após consumir drogas lícitas ou ilícitas.
Dados não faltam para nos alertar sobre a importância da conscientização sobre o uso de preservativos como uma maneira de se proteger de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), o HIV e até a gravidez indesejada. E conscientizar os jovens precisa ser feito cada vez mais cedo, já que 7 em cada 10 jovens iniciam a vida sexual entre 14 e 18 anos, segundo pesquisa da Caixa Seguros.
Quando pensam em proteção, muitos jovens temem mais a gravidez na adolescência do que contrair alguma doença. E por que não se proteger? Usar o preservativo? O pensamento muitas vezes é: ‘aquele cara lindo da nossa turma “com certeza” não tem nenhuma doença’. E ele deve pensar o mesmo da amiga. ‘Foi só uma vez “não vai dar nada”’. Quem nunca pensou assim? Ou torceu para ser assim? A torcida se fortalece com a ajuda da pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada, mas que não é capaz de proteger ninguém de uma DST, do vírus da AIDS.
Hoje o mercado de preservativos tem um modelo para quem está começando a vida sexual, o Preserv Teen®, por exemplo, mas também tem buscado desenvolver modelos mais finos e com maior diâmetro – a até em poliuretano, como Preserv Extra Premium® para quem ter alergia ao látex – para atender todos os gostos, ajudando a melhorar o prazer na relação. Isso certamente tem ajudado a aumentar o número de brasileiros que usam preservativo em todas as relações sexuais. Em 2004, 48% dos brasileiros usavam preservativo em todas as relações sexuais. Em 2013, o índice saltou para 54% da população. Embora haja crescimento, estamos falando apenas da metade dos brasileiros.
O que precisamos difundir é que o preservativo é um meio barato e eficaz para evitar DSTs, o vírus da AIDS e também uma gravidez não programada. E se ainda está arraigado em você o pensamento que “sexo com preservativo é igual chupar bala com papel” está na hora de conhecer melhor o que o mercado tem a oferecer e buscar maneiras de transformar o preservativo em um acessório sexual, algo para esquentar ainda mais a relação. Cuide-se! Ajude a mudar as estatísticas.
*Alfredo Maluf, Diretor da linha de preservativos Preserv, que possui modelos com o menor e maior diâmetro do mercado.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Doença de ouvido, nariz e garganta pode ser descoberta
na cadeira do cirurgião-dentista

Alguns aspectos relevantes da interface entre o cirurgião-dentista e o otorrinolaringologista – médico especializado em ‘ouvido, nariz e garganta’ – não costumam ser divulgados, mas sabe-se que é grande o número de pacientes que, por recorrerem com mais frequência a tratamentos odontológicos, acabam descobrindo problemas que nada têm a ver com os dentes. “É cada vez mais importante o papel do cirurgião-dentista na detecção precoce de doenças de cabeça e pescoço. Por isso, a combinação de conhecimentos específicos nessa região com uma análise criteriosa do paciente faz do profissional de Odontologia uma peça-chave no diagnóstico precoce de muitas doenças que talvez demorassem a se manifestar”, diz Edson Ibrahim Mitre, médico otorrinolaringologista que acaba de integrar o corpo docente da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD Central (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas).

O especialista afirma que outra situação comum é examinar pacientes com queixa de dor de ouvido e acabar num diagnóstico de DTM – Disfunção Temporomandibular. “Existe uma íntima relação entre a articulação temporomandibular (ATM) e o conduto auditivo externo. Daí a queixa, por parte do paciente, de que o ouvido também dói. A DTM provoca uma dor que pode repercutir por toda a cabeça, maxilar, pescoço, ouvidos e até mesmo nas costas. Trata-se de uma das queixas mais comuns em mulheres entre 30 e 45 anos, comprometendo, inclusive, a qualidade de vida dessas pacientes”.

Mitre confirma a importância da interação entre as especialidades, já que o diagnóstico de DTM prevê um desgaste anormal dos dentes e de seu esmalte, podendo provocar quebra e fissuras em alguns casos. Esses danos são causados pelo bruxismo – que é o ranger e apertar dos dentes de forma involuntária e, na maioria das vezes, durante a noite. “Tais distúrbios da articulação mandibular podem apresentar estalos, travamento, restringir a abertura da boca e, obviamente, repercutir essa dor nos ouvidos. Para reduzir o desgaste dos dentes e as dores craniofaciais de forma mais imediata, geralmente os cirurgiões-dentistas optam por placas interoclusais para uso noturno. Com a melhora do quadro, também a dor de ouvido tende a desaparecer”.

Também estão ficando mais comuns os casos em que o especialista em ouvido, nariz e garganta acaba diagnosticando uma sinusite que teve origem na infecção dos dentes da arcada superior, numa doença dos ossos maxilares, ou que resultam de um implante dentário que se projetou acidentalmente no seio maxilar ou na cavidade nasal. “Quando um corpo estranho, quer seja o metal do implante dentário, quer seja algum material do tratamento de canal, penetra no seio maxilar ou na cavidade nasal, desencadeia uma reação que pode levar a infecções agudas e até mesmo a sinusites crônicas. Em determinados casos, são necessárias intervenções cirúrgicas para sua resolução – inclusive, levando à perda do implante dentário”, diz Mitre.

Na opinião do médico, conhecer bem a anatomia da cabeça e do pescoço vem se tornando importante para muitos cirurgiões-dentistas que lidam com procedimentos invasivos e sabem que podem evitar que determinados problemas ou doenças se agravem. Como a Odontologia brasileira está bastante avançada, esse é um caminho natural na formação dos cirurgiões-dentistas.

terça-feira, 10 de março de 2015

Mais de 40% de usuários de planos de saúde ainda pagam por medicamentos oncológicos cobertos pelas operadoras

Com um ano em vigor, resolução da ANS obriga operadoras a pagar por esses remédios que chegam a custar até R$ 15 mil
 

Embora esteja em vigor a pouco mais de um ano, a resolução 338 da Agência Nacional de Saúde (ANS), que prevê a cobertura dos planos de saúde em medicamentos oncológicos via oral, muitos pacientes ainda pagam pelos remédios por desconhecer o benefício.

Segundo levantamento da Drogaria Nova Esperança, um dos principais varejistas de ecommerce farmacêutico, mais de 40% dos detentores de planos de saúde desconhecem a RN 338 e ainda desembolsam para adquirir os medicamentos.

“Procuramos informar nossos clientes sobre todas as regulamentações e resoluções dos órgãos de governo que tragam benefícios, já que se trata de um obrigação de qualquer varejista do setor”, comenta Marcos Dávida, diretor da Nova Esperança. O valor desses medicamentos pode chegar a até R$ 15 mil.

O executivo revela ainda que a empresa se preparou para atender o aumento da demanda por medicamentos oncológicos depois da publicação da RN 338. “Tivemos um aumento de faturamento nos oncológicos de 119% no último ano e conseguimos atender todos os pedidos, sobretudo das gestoras de benefícios de saúde que atendem os setores corporativos”, revela Davida.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Fígado sobrecarregado exige tempo para recuperação
Ingestão de líquidos e alimentos leves são fundamentais para recuperar o
 órgão depois dos exageros 

A Organização Mundial da Saúde recomenda, como limite, o consumo  de duas latas de cerveja ou duas taças de vinho para os homens e uma lata de ou uma taça de vinho para as mulheres (por dia?). Mas, em meio à diversão do Carnaval essa recomendação é, muitas vezes, ignorada pelos foliões. Segundo o hepatologista Rogério Alves, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas aumenta o risco de sobrecarga do fígado.  “Após alguns dias de abuso pode haver uma intoxicação aguda, provocando náuseas e vômitos até desmaios”, afirma.
De acordo com o especialista, se houver essa sobrecarga é necessário uma readequação na rotina para recuperação: adequar a alimentação, ingerir bastante líquido e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. “A ingestão de líquido é importante porque o álcool  causa desidratação e os alimentos leves ajudam evitar a hipoglicemia”, explica o especialista.
Para garantir essa recuperação, a nutricionista Mirian Martinez, também da Beneficência Portuguesa de São Paulo, dá algumas dicas de alimentos que podem ser incluídos em uma dieta equilibrada e saudável com a função de preservar, proteger ou até melhorar as funções de uma pessoa com problemas hepáticos em estágio inicial:
  • Abacaxi: a enzima chamada bromelina auxilia na digestão, ajudando a desobstruir o fígado do acúmulo de gorduras e toxinas
  • Gengibre: ajuda na secreção da bile, evitando a sobrecarga do fígado.
  • Rabanete: Essa raiz tem uma essência responsável pelo sabor picante, que aumenta a secreção da bile pelo fígado.
  • Frutas vermelhas (morango, amora, cereja, framboesa): ajudam a combater as substâncias tóxicas acumuladas no fígado, contêm importantes antioxidantes e melhoram a circulação a nível portal no fígado
  • Alho: tem capacidade de ativar as enzimas do fígado que ajudam o corpo a eliminar as toxinas. O alho também tem altas quantidades de alicina e selênio, dois compostos naturais que ajudam na limpeza do fígado.
  • Laranja e limão: Ricos em vitamina C e antioxidantes, aumentam os processos naturais de limpeza do fígado, aumentando a produção das enzimas hepáticas de desintoxicação que ajudam a eliminar as substâncias cancerígenas e outras toxinas.
  • Vegetais de folhas verdes escuros (couve, espinafre, escarola, agrião...): Têm a capacidade de neutralizar os metais pesados, produtos químicos e pesticidas, oferecendo limpeza e proteção se tornando um dos muitos alimentos benéficos para o fígado.

terça-feira, 3 de março de 2015

Escassez de água aumenta risco de tracoma, doença que causa cegueira

Escassez de água, falta de saneamento básico e restrição de acesso à água tratada são condições favoráveis à disseminação de doenças tropicais como diarreia, esquistossomose e tracoma – doença que pode levar à perda de visão. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, mais de 2,2 milhões de pessoas em 53 países sofrem de cegueira, sendo que em pelo menos 1,2 milhão a perda da visão é resultado do tracoma. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, trata-se de uma forma de conjuntivite purulenta causada pela bactéria chlamydia trachomatis.

“Como a maioria das pessoas contaminadas não enfrenta dificuldade apenas de acesso a boas condições de higiene, mas também a bons oftalmologistas que possam fazer o diagnóstico precoce e tratar a doença a tempo, muitas vão perdendo a visão até ficarem cegas. Há, inclusive, quem acredite se tratar de uma herança genética ou de um simples fato da vida. Mas trata-se de uma situação alarmante e que pode se agravar em face da estiagem que se anuncia”, diz o médico.

Neves explica que o tracoma é uma doença bastante contagiosa. “As crianças são as mais atingidas, passando de uma para outra, bem como para toda sua família. Por esse motivo, inclusive, o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo costuma tratar toda a sala de aula e a família do paciente assim que um caso de tracoma é diagnosticado. Estatísticas lançadas em 2011 revelam que, de 68 mil pessoas examinadas, 2,6% receberam diagnóstico da doença (1.755 pessoas, a maioria crianças com menos de 10 anos). Como o doente não fica cego imediatamente, é um mal que pode começar na infância e provocar a cegueira somente na fase adulta. Isto se deve a repetidas infecções não tratadas ou mal diagnosticadas”.

O tratamento do tracoma envolve antibióticos via oral, uso de tetraciclina e, em alguns casos, correção cirúrgica dos cílios que se voltam para dentro dos olhos, arranhando o globo ocular. Mas uma das medidas mais urgentes é a mobilização para melhorias de condições de higiene e sanitárias, aumentando o acesso à água tratada. “A simples mudança de hábito, ensinando as crianças a lavarem as mãos e o rosto duas ou mais vezes ao dia, contribui no controle da doença dentro dessas comunidades de risco. Trata-se de uma doença muito mais prevalente em áreas rurais. Mas quem vive em aglomerações nas grandes cidades, onde o acesso à água potável vem sendo cada vez mais restrito, também corre perigo”, alerta o oftalmologista.