quinta-feira, 30 de julho de 2015

 
Hipnoterapia Cognitiva somada a Terapia Cognitivo Comportamental
 
Para atingir o peso ideal e mantê-lo por toda a vida é necessário empenho, não existe mágica. Porém, a Hipnoterapia Cognitiva somada a Terapia Cognitivo Comportamental pode facilitar este processo. Aliadas a uma vida saudável, alimentação correta, atividade física e controle emocional, no que referem à alimentação, as técnicas utilizadas pela Dra. Vânia Calazans, psicóloga clínica e especialista em Hipnoterapia Cognitiva, tem ajudado pessoas com dificuldade em emagrecer a alcançar a meta com excelentes resultados.
 
A Hipnoterapia Cognitiva é uma ferramenta que possibilita, em um curto espaço de tempo, acesso e alterações ao centro do desejo e da fome do paciente e a Terapia Cognitiva Comportamental auxilia na reestruturação de padrões de pensamentos, comportamentos e sentimentos. A associação das técnicas potencializa o controle das dietas alimentares, e assim, a reeducação alimentar deixa de ser um sofrimento.
 
“Quando associamos essas técnicas há uma redução nos sintomas de ansiedade, compulsão, gula e voracidade. O paciente passa a desejar fazer exercícios físicos, tomar mais água, rejeitar doces, refrigerantes, alimentos gordurosos e carboidratos em excesso. Após o tratamento passa a controlar a ingestão de alimentos por meio da Técnica da Auto Hipnose, em que apreende a controlar os impulsos e problemas  relacionados à alimentação, modificando assim os padrões de comportamento”, finaliza a Dra. Vânia Calazans.

terça-feira, 28 de julho de 2015


App auxilia pacientes e médicos na prevenção de alergias

             Aplicativo agrupa milhares de nomes comerciais e princípios ativos 
  

 
Alérgicos e médicos passam a contar agora com o aplicativo Alergia a Medicamentos, o primeiro desenvolvido nessa área da Saúde. O App é muito simples de ser utilizado. O paciente pode registrar remédios e princípios ativos aos quais é alérgico. Na farmácia, no momento de compra, ele digita o nome do remédio e o aplicativo mostra o resultado, se pode ou não usar o produto. O paciente tem, ainda, um espaço para registrar o nome do seu médico, com ligação automática, caso haja alguma emergência, além do telefone do SAMU.

O serviço também é útil para os médicos, que no momento da prescrição poderão pesquisar quais medicações oferecem ou não perigo aos seus pacientes. O App Alergia a Medicamentos está disponível para iPhone (iOS) e em breve também no sistema operacional Android.

No aplicativo é possível encontrar todos os remédios registrados no Brasil pela Anvisa, até maio de 2015. São milhares de nomes comerciais, em diferentes apresentações e princípios ativos. Essa lista foi organizada em cerca de 3.000 grupos de medicamentos.
O criador do aplicativo, o médico alergista Fábio F. Morato Castro, conta que o maior desafio para desenvolvê-lo foi a extensa lista de remédios disponíveis e os cruzamentos das informações na literatura científica mundial. “Em breve, entraremos na segunda fase do App Alergia a Medicamentos, expandindo para outros países e com listas personalizadas”, avisa o médico.

No Brasil, quase 16 milhões de pessoas apresentam reação alérgica a algum tipo de remédio. Os anti-inflamatórios não esteroidais são os maiores responsáveis pelas reações mais frequentes. Os antibióticos também aparecem, porém com menor prevalência. A reação mais grave é a anafilaxia, que pode ocorrer durante os procedimentos com medicamentos anestésicos.
A ficha técnica do APP Alergia a Medicamentos pode ser encontrada no link https://itunes.apple.com/us/app/alergia-a-medicamentos/id963579180?ls=1&mt=8

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Por que você se sente tão só?
 
Muitas pessoas sofrem porque se sentem sós – mesmo quando estão num relacionamento. O criador dos Florais de Bach, o médico ingês Edward Bach, criou um grupo composto por três essenciais para amenizar a dor causada por este sentimento: é o Grupo da Solidão
 
 
São Paulo, 1 de junho de 2015 - O Dia dos Namorados está chegando e você vai passar a data sozinho ou sozinha outra vez? O que aconteceu para que você não se envolvesse com alguém?
Muitas pessoas têm a desculpa na ponta da língua: está difícil encontrar alguém, ninguém quer nada sério, os homens não valem nada, as mulheres só querem homens com dinheiro ... Estas respostas tão comuns só servem para mascarar o verdadeiro problema: o que acontece com você que o afasta das pessoas?
 
Na visão de Maria Aparecida das Neves, terapeuta floral e aromaterapeuta – com formação em Psicologia – a pessoa pode se sentir solitária quando está fisicamente sozinha ou também quando está rodeada de pessoas ou mesmo num relacionamento a dois. “É preciso entender que a solidão aparece de maneiras diferentes para cada pessoa. Algumas gostam de ficar sós, mas chegam a exagerar. Outras são tão impacientes que acabam se afastando os outros por não tolerar o se ritmo. Há também os egocêntricos, que odeiam ficar sozinhos, mas quando estão acompanhados só falam de si, cansando o outro”, comenta.
 
Para quem sofre com a solidão, os Florais de Bach – sistema de cura universal descoberto pelo médico inglês Edward Bach, na década de 30 - podem dar conforto. O problema traz tanto sofrimento, que o médico criou o chamado “Grupo da Solidão”, que reúne três florais especialmente indicados para amenizar os efeitos negativos deste sentimento. “São gotinhas poderosas que transformam sentimentos negativos em positivos. Não têm contra-indicação”, avisa.
A seguir, Maria Aparecida fala sobre cada um deles – lembrando que, a pessoa que precisa de Florais de Bach, deve procurar um terapeuta floral. É ele o profissional mais indicado para dizer quais florais são necessários para reencontrar a harmonia emocional:
 
Water Violet – É indicado para quem, na saúde ou na doença, gosta de ficar só. São pessoas silenciosas, que andam sem fazer ruído.Também são independentes, gostam de praticar atividades individuais, são capazes e seguras de si. É recomendado quando tais características as levam à dificuldade de fazer amigos; a não compartilhar suas preocupações ou problemas com os outros; ao falso orgulho e para quando elas não tentam interferir ou influenciar quando lhes pedem conselhos. “Incluir-se na humanidade permite amar, compartilhar conhecimentos e sonhos. Para ser mais feliz, é preciso conquistar amigos verdadeiros, calma e sabedoria. O Water Violet ajuda nesse sentido”, diz a terapeuta.
 
Impatiens – É o floral indicado para quem está impaciente, pensa, fala, move-se rapidamente, além de irritar-se com facilidade. Os tipos Impatiens são pessoas rápidas mentalmente e também em tudo que fazem. Tendem a ser impacientes e irritáveis com as demoras, são do tipo que fazem mil coisas ao mesmo tempo. São tensas e ansiosas com as tarefas seguintes. Têm explosões curtas de raiva e não suportam a lentidão dos outros. Assim, costumam afastar as pessoas. É um floral indicado para bebês agitados, que não conseguem dormir ou comer; para quem é impaciente, não consegue parar e precisa de movimento; para aqueles que em qualquer contratempo ficam irritados; para os que não conseguem suportar o ritmo da outra pessoa. O tipo Impatiens completa as frases do outro, terminam as suas tarefa e preferem fazer as coisas sozinho. “O floral Impatiens ajuda a conviver em harmonia com as diferenças, agindo com mais gentileza, paz e calma, aceitando o ritmo dos demais”, ensina Aparecida.
 
Heather – Tal floral é indicado para aqueles que, obcecados com seus problemas e dificuldades, que se tornam egocêntricos, muito preocupados consigo mesmos. É para pessoas que detestam ficar sozinhas, por isso falam muito. Elas perguntam, mas não dão chance do outro responder e acabam afastando quem os cerca, pois se tornam abusivas. Dr. Bach dizia carinhosamente que estas pessoas, no estado negativo, grudam como cola. Elas tendem a falar muito próximo, para prender a atenção de seu ouvinte. O floral tem eficiência sobre as emoções de quem precisa de atenção o tempo todo; fala muito e ouve pouco; é carente e, por isso, detesta ficar sozinho. “O Heather é aquele Floral que ajuda a compreender e ser compreendido. Faz com que a pessoa preste atenção ao mundo à sua volta e às necessidades do outro. Ajuda a libertar-se de seus problemas, permitindo uma comunicação mais aberta”, completa a terapeuta.
 
E quando a solidão aparece mesmo estando-se cercado de pessoas ou num relacionamento?
 
Há momentos na vida em que a pessoa pode sentir uma profunda solidão, mesmo estando cercada de outras pessoas ou num relacionamento. Isso acontece, geralmente, por sua condição, ou seja, sua dificuldade de se relacionar. “A incompreensão do momento em que ela vive, de suas ideias ou mesmo o fato de estar cercada por pessoas com interesses diferentes faz com que se feche e sofra pela solidão. Quando isso ocorre com um casal, por exemplo, é chamada de ‘solidão a dois’. Muitas vezes, por valorizar demais sua privacidade, a pessoa se distancia do parceiro, mantendo-se isolada. Para quem vive tal momento, o floral indicado é o Water Violet, porque ele permite a este tipo de personalidade a facilidade maior de incluir-se na humanidade, de se permitir amar e compartilhar conhecimentos e sonhos”, finaliza Aparecida.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Sistema reduz riscos de interações medicamentosas
Ferramenta contribui para as decisões clínicas dos profissionais de saúde
 
O uso de medicamentos deve ser sempre acompanhado por cuidados especiais. Pacientes em UTI, por exemplo, muitas vezes precisam utilizar mais de 10 medicamentos simultaneamente. Por isso, os sistemas que avaliam as interações entre os medicamentos vêm sendo cada vez mais utilizados como ferramenta para reduzir riscos em ambientes hospitalares.
 
Henrique Pereira, gerente de negócios da Micromedex, sistema de suporte à decisão clínica da Truven Health Analytics e líder mundial de informações sobre medicamentos, explica que o sistema aumenta a eficiência e qualidade do cuidado ao paciente, apoiando as atividades dos farmacêuticos clínicos e outros profissionais de saúde. “A ferramenta não substitui o trabalho do profissional – este ainda tem a responsabilidade da tomada de decisão -, mas oferece informações baseadas em evidência para apoiar essa decisão, diminuindo as possibilidades de erro”, afirma.
 
Segundo ele, um grande número de hospitais brasileiros já utiliza diariamente essa ferramenta, inclusive integrada em prontuários eletrônicos. “O sistema ainda traz as interações dos medicamentos com alimentos, álcool, e o risco do uso durante a gravidez e lactação”, explica Pereira.
 
“Interações medicamentosas são comuns e difíceis de serem identificadas sem um sistema de apoio. Elas podem aumentar risco de sangramento, diminuir a eficácia de um antibiótico ou anticonvulsivante, ou ainda causar uma overdose. Todos esses desfechos contribuem para a diminuição do cuidado ao paciente e aumento dos gastos da saúde. O farmacêutico é em geral o profissional mais envolvido nesta questão, mas os médicos e enfermeiros também devem estar atentos às interações, para também identificá-las e intervir antes que um evento adverso aconteça”, reforça Pereira.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

 
Enxaqueca é uma das principais causas de falta ao trabalho
 
 Dor de um lado só, latejante, intolerância à luz e sons, náuseas e manifestações visuais e/ou de sensibilidade, como flashes de luz ou formigamentos. Esses são os principais sintomas da enxaqueca, o tipo de cefaleia que mais afeta as pessoas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o problema chega a atingir 20% da população. Por ser uma dor de cabeça incapacitante, a enxaqueca atrapalha a vida social, familiar e é uma das principais causas de falta ao trabalho.
 
De acordo com o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo, apenas um especialista poderá fazer o diagnóstico correto. “Há mais de 50 tipos de cefaleia. Por isso, ao perceber episódios recorrentes de dor de cabeça, é importante procurar um médico. Durante a consulta, serão avaliadas a frequência, duração, localização, tipo de dor e outras manifestações que acompanham o problema”, esclarece.
 
Ainda segundo o especialista, entende-se que esse tipo de cefaleia acontece devido a alterações na bioquímica dos neurônios, principalmente, da serotonina, responsável por regular o humor, o sono, apetite etc. “Os pacientes que sofrem com esse distúrbio também costumam relatar mau humor e dificuldades para dormir”, explica.
 
A intensidade da dor varia de acordo com a sensibilidade de cada pessoa. “O incômodo, porém, pode durar até três dias, com ou sem o uso de medicamentos. Caso haja, pelo menos, três crises fortes por mês ou a intensidade da dor cause interferência na atividade da vida diária da pessoa, como o trabalho, é recomendada a realização de tratamento preventivo do problema, com a utilização de medicações que tentem normalizar a bioquímica cerebral, como os antidepressivos. A ingestão excessiva de analgésicos e anti-inflamatórios pode causar lesões irreversíveis nos rins e fígado”, alerta o médico.
 
Embora não haja uma relação cientificamente comprovada entre a alimentação e a enxaqueca, sabe-se da existência de fatores desencadeantes. “Apesar de não ser aplicável a todos os pacientes, o consumo de alguns alimentos pode desencadear crises de enxaqueca, como queijos amarelos, vinho, chocolate e produtos com conservante. Caso o sintoma seja percebido, é preciso evitar o alimento”, adverte.

terça-feira, 14 de julho de 2015

No mês do voluntariado, CVV dá uma força para quem busca uma oportunidade
 
Em agosto, diversas unidades da ONG em todo o país farão curso para seleção de voluntários

O Dia Nacional do Voluntariado é comemorado em 28 de agosto e para ajudar as pessoas que querem se iniciar nas ações filantrópicas ou agregar mais uma iniciativa do tipo ao seu dia a dia, o CVV, que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente há 53 anos, vai iniciar o curso para seleção de novos voluntários em mais de 40 postos de atendimentos simultaneamente.

O curso será oferecido nesse período em mais de 20 cidades do país, é gratuito e para participar basta ter pelo menos 18 anos de idade, quatro horas semanais para conseguir realizar plantões e disposição em ouvir as pessoas. “Quem busca a ajuda do CVV normalmente está vivendo um momento de conflitos internos, sensação de solidão e necessidade de conversar”, explica Carlos Correia, voluntário do CVV há 22 anos.

Segundo Carlos, o voluntário aprende muito já durante o curso. “Além de auxiliar outras pessoas, a possibilidade de ouvi-las traz benefícios diretos para nós. Com o tempo, muitas vezes mudamos a forma como encaramos a vida, as outras pessoas e nós mesmos”, comenta.

Para ter informações sobre data, horário e local, acesse a página do CVV (www.cvv.org.br) ligue 141 ou informe-se no CVV mais próximo de você.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Doadoras e receptoras de óvulos - integração perfeita e ética que ajuda a construir famílias

A primeira gestação resultante de uma ovodoação ocorreu em 1984. A paciente tinha falência ovariana prematura, ou seja, entrou precocemente na menopausa. No Brasil, a doação de óvulos é realizada pelo IPGO há mais de dez anos, porém, muitas pessoas ainda têm várias dúvidas de como funciona o processo. “Trata-se de uma técnica ética e legal, contanto que não haja fins comerciais e seja anônima. Portanto, a doadora não saberá a identidade da receptora e vice-versa – é o que determina a lei e a ética. Chamamos de doadora a mulher que será estimulada para um ciclo de FIV (fertilização in vitro), do qual resultará a coleta de vários óvulos dos quais metade será doado (doação compartilhada) para outra mulher que não tem mais capacidade de produzi-los – a receptora”, esclarece o especialista em reprodução humana Arnaldo Cambiaghi, diretor do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia).
A receptora terá que ter seu útero preparado com hormônios antes de receber os embriões e os mesmos terão que ser mantidos até o terceiro mês de gestação, quando a placenta passa a ser a responsável pela manutenção da mesma. Após o terceiro mês, a gestação evolui normalmente, sem a necessidade de suporte hormonal. O pré-natal é igual ao de uma gravidez concebida naturalmente e a mãe poderá amamentar sem nenhuma diferença de uma gravidez espontânea.
Como é feita a doação
O ciclo de doação de óvulos é realizado pela técnica de fertilização in vitro na qual os gametas femininos (óvulos) de uma mulher (doadora) são doados a outra (receptora) para que sejam fertilizados. A fertilização é realizada no laboratório com espermatozoides do marido da receptora. A doadora será estimulada com hormônios injetáveis para aumentar a produção de óvulos naquele mês. Após a coleta, quando o processo for realizado pela doação compartilhada, metade dos óvulos serão fertilizados com os espermatozoides do marido da doadora e a outra metade com os espermatozoides do marido da receptora.
“Vinte e quatro horas após a fertilização, sabemos quantos embriões se formaram, estes permanecem no laboratório por dois a cinco dias e, após serem selecionados, serão colocados no útero por meio de um cateter por via vaginal. Não há necessidade de sedação”, explica o médico.
Desta forma, o(s) embrião(ões) transferido(s) para o útero da receptora, será(ão) formado(s) pelo espermatozoide do próprio marido e o óvulo de uma doadora. A receptora recebe dois únicos hormônios (estrogênio e progesterona) para o preparo do endométrio a fim de receber os embriões, pois não existe indução de ovulação. A taxa de sucesso de gravidez é a mesma da paciente doadora que tem idade ao redor de 30 anos (50%).
A doadora
No Brasil, a ovodoação é obrigatoriamente anônima, ou seja, nem a doadora nem a receptora sabem a identidade de uma ou de outra, diferentemente dos Estados Unidos, onde a receptora pode escolher uma doadora conhecida. No nosso país, também não é permitida nenhuma transação comercial nesse tipo de tratamento. A doação deve ser voluntária e sem fins lucrativos. A partir da última resolução do CFM (nº 2.013/13), é permitida a chamada doação compartilhada, isto é, uma mulher em tratamento para engravidar pode doar parte dos seus óvulos para outra mulher, em troca do custeio de parte do tratamento.
Cambiaghi explica: “Por essa resolução, a idade limite para ser doadora é 35 anos. No IPGO, a candidata a doadora além de um exame clínico e laboratorial rigoroso, deve preencher um questionário detalhado sobre sua vida pessoal e médica, incluindo informações sobre antecedentes e características familiares. Detalhes físicos como peso, estatura, tipo e cor dos cabelos, cor dos olhos e da pele são incluídos nesse questionário, acompanhados de uma foto de quando era criança para que a receptora tenha uma ideia da fisionomia de quem lhe doará os óvulos. Assim, ela se sentirá mais segura, mas sem o risco de um reconhecimento futuro”.
Também [e solicitado que escrevam um pequeno texto que reflita os seus sentimentos e traços da sua personalidade, que darão maior ênfase às suas características íntimas. Hábitos como tabagismo, alcoolismo e uso de drogas devem ser questionados. As doadoras não são buscadas ao acaso; na maioria das vezes, elas estão fazendo também um tratamento para engravidar (doação compartilhada) em decorrência de problemas de fertilidade do marido (poucos espermatozoides ou ausência deles), fatores tubários ou esterilidade sem causa aparente, sendo, independentemente da razão, sempre submetidas a exames para a pesquisa da fertilidade, principalmente da reserva ovariana. Todas as sorologias, como sífilis, HIV, hepatite B e C e HTLV, pesquisa de secreção vaginal e papanicolau, devem ter sido realizadas há menos de seis meses, além de tipagem sanguínea, cariótipo, para descartar translocações balanceadas, e avaliação rigorosa da reserva ovariana (quadro abaixo). Se for doação compartilhada, também é necessária a avaliação do útero da paciente e sorologias para toxoplasmose, rubéola e CMV.
Além disso, para ser doadora, a mulher deve ter as seguintes características:• Idade entre 18 e 35 anos;
• Bom nível intelectual;
• Histórico negativo de doenças genéticas transmissíveis;
• Teste negativo para doenças infecciosas sexualmente transmissíveis;
• Tipagem sanguínea compatível com a da receptora (exceto se a receptora não se importar);
• Boa reserva ovariana.

Como a receptora escolhe a doadora?
O IPGO costuma ter várias doadoras aguardando ser escolhidas. A receptora terá acesso ao questionário com todas as características físicas da doadora e uma foto dela quando criança. A tipagem sanguínea deve ser compatível no caso dos pais não quererem contar ao filho a maneira que ele foi gerado.
“Apesar de muitas das características das doadoras não serem transmitidas aos filhos, as receptoras sentem-se mais confortáveis em escolher alguém parecida com elas em vários aspectos, tanto físico quando de personalidade”, conta o médico.
As doadoras devem ter entre 18 e 35 anos de idade. Quanto mais velha a doadora menor a chance de gravidez da receptora devido à diminuição natural da chance de engravidar em função do aumento da idade materna.
O tempo de espera para encontrar uma doadora compatível é muito variável visto que algumas etnias são mais raras dependendo da região do país como, por exemplo, a negra e oriental. Dependendo da tipagem sanguínea também o tempo para encontrar doadora compatível pode ser maior.
Regras gerais para a doação de óvulos
Cambiaghi enfatiza que a doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial. “Não se vendem óvulos (nem espermatozoides). As doadoras não podem conhecer a identidade das receptoras, e vice-versa. Obrigatoriamente serão mantidos o sigilo e o anonimato. A legislação não permite doação entre familiares. As clínicas especializadas mantêm de forma permanente um registro dos doadores, dados clínicos de caráter geral com as características fenotípicas (semelhança física) e exames laboratoriais que comprovem sua saúde física. A escolha de doadores baseia-se na semelhança física, imunológica e na máxima compatibilidade entre doador e receptor. Doadoras e receptoras devem assinar termo de consentimento livre e esclarecido que explica detalhadamente todas as implicações da ovodoação”.
As pacientes doadoras
Pacientes do programa de fertilização in vitro com altas respostas ao estímulo ovariano que, às vezes, desejam de forma voluntária e anônima doar parte dos óvulos obtidos ou embriões excedentes. Doação compartilhada é a situação mais comum. Nesse caso, a receptora recebe os óvulos doados de uma paciente submetida à fertilização in vitro (doadora), que fornece alguns de seus óvulos em troca do custeio de parte do seu tratamento. Dessa forma, estaremos ajudando duas mulheres e dando a elas o direito de ser mãe.
Óvulos e embriões congelados provenientes de mulheres submetidas a tratamentos de fertilização in vitro que engravidaram e tiveram seu(s) filho(s): de alguma forma, o sucesso do tratamento já realizado indica uma boa qualidade desses óvulos. Essas pacientes, quando não desejam ter mais filhos, muitas vezes doam os óvulos ou embriões excedentes. Vale ressaltar que a doação de óvulos é muito mais fácil de ser aceita pela paciente em relação à doação de embriões. Como a chance de gestação com óvulos congelados está cada vez mais próxima à de embriões congelados, vale a pena o incentivo para o congelamento de óvulos para mulheres jovens que os produzem em grande quantidade.
“Doação por generosidade pura é muito raro. Algumas mulheres de maneira altruística ou já beneficiadas por tratamentos anteriores de fertilização in vitro, não desejando mais ter filhos e movidas por um sentimento de gratidão, se oferecem para doar seus óvulos sem qualquer benefício”, reconhece o especialista.

Doadoras e Receptoras

Uma vez escolhida a doadora pela receptora e tendo ambas assinado os termos de consentimento, podemos iniciar o tratamento. Existem vários protocolos que podemos utilizar para sincronizar as duas, como os análogos do GnRh, o uso de pílulas anticoncepcionais ou o uso concomitante de análogos e antagonistas de GnRh. O importante é fazer com que as duas possam começar juntas o tratamento. A doadora iniciará com injeções para estimular a ovulação enquanto a receptora iniciará com medicações via oral ou adesivos para preparar o útero para receber o embrião. Pode-se também congelar os embriões formados e transferi-los num ciclo posterior.
Tratamento da doadora
O ciclo de doação de óvulos é realizado pela técnica de fertilização in vitro, na qual os gametas femininos (óvulos) da doadora são doados a receptora para que sejam fertilizados. A doadora é submetida a um ciclo usual de estimulação ovariana para FIV. Como é esperado um número grande de óvulos coletados, as doadoras têm risco aumentado para Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), assim dá-se preferência a utilizar protocolo de indução com antagonista do GnRH. Se realmente crescerem muitos folículos (15 ou mais), pode-se optar por substituir o uso de hCG para maturação final dos óvulos por agonista do GnRH, que praticamente anula a chance de SHO.
Após a coleta, quando o processo for realizado pela doação compartilhada, metade dos óvulos serão fertilizados com os espermatozoides do marido da doadora e a outra metade com os espermatozoides do marido da receptora. Se for doação exclusiva, a fertilização é realizada somente com espermatozoides do marido da receptora. Vinte e quatro horas após a fertilização, sabemos quantos embriões se formaram. Estes permanecem no laboratório por dois a cinco dias e, após serem selecionados, são transferidos ao útero através de um cateter por via vaginal. Não há necessidade de sedação.
Na doação compartilhada, os embriões formados com sêmen do marido da doadora serão transferidos ao útero da doadora, no número máximo de dois. Quando utilizado agonista do GnRH no lugar do hCG, os embriões deverão ser congelados, pois atrapalha a receptividade endometrial. Mesmo com uso de hCG, muitos estudos mostram que níveis elevados de estradiol e progesterona no dia do hCG prejudicam a implantação, então está sendo uma conduta cada vez mais frequente a vitrificação dos embriões para transferência num ciclo posterior natural ou de preparo endometrial.
Tratamento da receptora
A receptora recebe dois únicos hormônios (estrogênio e progesterona) para o preparo do endométrio a fim de receber os embriões, pois não existe indução de ovulação. Se a paciente está no menacme (período menstrual), pode ser feito um bloqueio prévio com agonista do GnRH de depósito (3,75 mg), meia ampola subcutâneo, no 21°. Assim que menstruar, é realizado um ultrassom (e dosagem de estradiol e progesterona, se necessário) para confirmar que está bloqueada para iniciar o preparo endometrial. Se estiver na menopausa, isso não é necessário.
“No IPGO, o preparo endometrial consiste inicialmente de valerato de estradiol 4 mg via oral por dia durante cinco dias, quando então aumenta-se para 6 mg/dia e se mantém por pelo menos dez dias. Pode ser dado estradiol por outras vias também, como adesivos. Quando a doadora for colher os óvulos, a receptora iniciará o uso da progesterona à noite, desde que seu endométrio esteja adequado (pelo menos maior que 7 mm, sendo ideal 10 mm ou mais)”, esclarece o médico, acrescentando: “Se não estiver adequado, vale a pena congelar os embriões e aguardar que esteja favorável. Existem várias maneiras de darmos a progesterona (cápsulas gelatinosas vaginais, comprimidos orais, gel vaginal ou injeção intramuscular)”.
A transferência é realizada normalmente no terceiro ou quinto dia de desenvolvimento embrionário. O(s) embrião(ões) oriundo(s) dos óvulos fertilizados pelo sêmen do seu marido será(ão) então transferido(s) para seu útero. Pela nova resolução do CFM (CFM nº 2013/13), o número máximo de embriões colocado é dois.
No caso de beta-hCG positivo, a reposição hormonal (estradiol e progesterona) deve ser mantida por até 12 semanas.
Cada clínica deve manter um registro de todas as doadoras e receptoras, bem como dos resultados de cada tratamento, de preferência até o nascimento dos bebês. Além de as identidades das envolvidas serem confidenciais, a confiabilidade dos arquivos médicos deve ser respeitada, como em qualquer outro procedimento. A liberação de informações só poderá ser feita mediante autorização expressa do paciente.

Aspectos éticos e legais
As doadoras devem ser informadas sobre os riscos da hiperestimulação ovariana, bem como sobre outras possíveis complicações da fertilização in vitro, como gestação múltipla, sangramento, infecção e anestesia. No Brasil, não há necessidade de se contratar um advogado para acompanhar o tratamento, a não ser em alguns casos específicos, por exemplo, útero de substituição, conhecido popularmente como “barriga de aluguel”. As receptoras devem saber que, apesar de as doadoras serem mulheres com idade de chances mínimas para malformações cromossômicas, essa possibilidade não pode ser excluída.
O casal que parte para a ovodoação deve se sentir à vontade para perguntar:
1. Quantos ciclos de ovodoação a clínica faz por mês?
2. Qual a taxa de gravidez nesse tipo de tratamento?
3. Como a clínica seleciona e encontra as doadoras? Quantas doadoras estão disponíveis no momento?
4. Qual o tempo médio de espera para encontrar uma doadora?
5. Como é feito o pagamento do ciclo?
6. O que acontece caso a doadora não produza óvulos suficientes? Quem arca com o custo dos medicamentos utilizados?
7. Existe a possibilidade de uma doadora doar para mais de uma receptora? Nesse caso, o custo do tratamento pode ser reduzido?
8. Existe alguma restrição de idade para a receptora?9 Existe restrição em relação a estado civil da receptora?

“A doação de óvulos não consiste em um simples ato de entrega descontrolada, mas, sim, em uma atitude pensada e generosa, com o objetivo maior de proteger, preservar, eternizar, restaurar e conservar a família e o amor”, encerra Cambiaghi.

terça-feira, 7 de julho de 2015

DR. RENATO RESPONDE: PRÓS E CONTRAS DA SUSPENSÃO
DA MENSTRUAÇÃO
Saiba quais são os benefícios e as consequências da prática 
Para muitas mulheres, o período menstrual é o melhor termômetro do bom funcionamento do organismo e um sinal de que não ocorreu gravidez. No entanto, para boa parte do público feminino, a menstruação representa somente incômodos como dores, inchaços, cólicas e a temida tensão pré-menstrual (TPM). Ao longo da história, as mulheres tiveram diversas conquistas como o direito ao voto, ao estudo, ao trabalho e, recentemente, algumas delas descobriram outro: o de não menstruar.
 De acordo com o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, suspender a menstruação é um direito da mulher moderna e deve ser conversado com o ginecologista, respeitando as características e desejos de cada uma. “A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a procura médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”.
O especialista ainda ressalta que suspender a menstruação também pode ser tratamento para algumas doenças como mioma e endometriose. “Para o mioma, por exemplo, o possível sangramento intenso pode ser controlado pela suspensão da menstruação. No caso da endometriose, a qual se caracteriza pela presença de tecido de dentro do útero, denominado endométrio, implantado fora da cavidade, pode cursar para algumas pacientes durante sua menstruação com intensas dores, diarréia e até mesmo sangue na urina. Nesta situação, a suspensão seria uma excelente alternativa para aquelas pacientes que não desejam gravidez. Ressaltando que a endometriose também está relacionada com a infertilidade”, reitera o ginecologista.
Em relação aos riscos de suspender a menstruação em relação ao uso de anticoncepcionais com intervalos, Dr. Renato explica que os critérios de escolhas dos métodos anticoncepcionais em relação aos riscos para cada paciente não difere pelo fato de a paciente desejar ou não menstruar. “O útero não é um filtro que precisa eliminar algo. A menstruação é a consequência da falha do preparo do organismo para uma gravidez que não ocorreu. Mulheres que optaram por ter muitos filhos também não apresentam muitas menstruações. Além dos benefícios citados, o fato de não menstruar diminui o risco de câncer de endométrio”.  
 Para as mulheres que desejam inibir a menstruação, mas tem medo da infertilidade, o médico desmistifica o tema: “é muito importante frisar que os métodos hormonais não causam infertilidade permanente. A interrupção do método e o retorno dos ciclos menstruais sugere o retorno à fertilidade. No entanto, há outros fatores que podem associar-se á dificuldade de engravidar, como a idade. Dessa forma, não é o fato de ter usado 10 a 15 anos de anticoncepcional, por exemplo, que dificulta a gravidez. Mas o fato de ter esse tempo a mais para despertar o real desejo reprodutivo”, contemporiza o especialista.
MÉTODOS
“Existem alguns métodos que podem interromper a menstruação, como uso contínuo da pílula anticoncepcional por via oral. Neste caso, a paciente toma o medicamento, que pode ser uma combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, ou somente a progesterona, sem interrupções. Outro método é o Diu liberador de levonorgestrel, opção que pode evitar a menstruação e a gravidez e aconselhado mantê-lo por até cinco anos. O implante subcutâneo, um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, é fabricado à base de progesterona e deve ser colocado sob a pele no antebraço. A injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona seria outra opção”, finaliza Dr. Renato.

quinta-feira, 2 de julho de 2015



Conheça as substâncias Umami e descubra como elas podem potencializar o quinto gosto
 
 
As funções de algumas substâncias são amplamente conhecidas, como a glicose, responsável por estimular o gosto doce; o cloreto de sódio, pelo gosto salgado; a cafeína, que resulta no gosto amargo e o ácido cítrico, no gosto azedo. Já o Umami é proporcionado por outras três, menos populares: o glutamato (aminoácido), inosinato e guanilato (nucleotídeos).

"A combinação e a presença dessas três substâncias nos alimentos balanceia e complementa o gosto Umami dos pratos. Desta forma, promove-se o aumento da palatabilidade, resultando na melhora da nutrição e no apoio à saúde de pessoas que tenham a redução ou comprometimento do paladar devido a doenças ou ao uso de remédios. Apesar de serem moléculas diferentes entre si, as três promovem o gosto Umami, que fica acentuado na presença do inosinato e guanilato", explica a Dra. Ana San Gabriel, representante de assuntos científicos do Umami Information Center (UIC) - organização sediada no Japão, responsável por divulgar o quinto gosto no mundo todo.

Glutamato
O glutamato, também conhecido por ser o aminoácido ácido glutâmico, é o principal responsável pela percepção do Umami. "Ele é um dos aminoácidos mais abundantes nas proteínas, e também está presente no leite materno. Além dos alimentos, também pode ser encontrado no corpo humano: no cérebro, por exemplo, desempenha o papel de um neurotransmissor; no fígado e nos músculos, é usado como energia ou na produção de outros aminoácidos", explica a especialista.

Desde sua descoberta, em 1908, e seu reconhecimento pela sociedade científica, em 2000, foram encontrados diversos benefícios do glutamato à saúde. "Como um aminoácido livre, não ligado à proteína, ele proporciona o gosto Umami, que aumenta a palatabilidade de alguns alimentos e a salivação, melhorando a ingestão de alimentos nutritivos e saudáveis em pessoas idosas, debilitadas ou pacientes que passaram por alguma cirurgia recente", completa a pesquisadora.

O glutamato (livre ou adicionado) também é uma alternativa àqueles que precisam reduzir o consumo de sódio, por conter apenas um terço da quantidade de sódio presente no sal de cozinha. Além disso, o glutamato monossódico pode compensar algumas perdas sensoriais dos alimentos com menos sódio, tornando seu sabor mais agradável ao indivíduo.

Inosinato
O inosinato é um nucleotídeo, isto é, uma substância envolvida em diversas funções como multiplicação celular e armazenamento de energia e pode ser encontrado em alimentos como o peixe bonito, por exemplo. "Quando unido ao glutamato, o inosinato potencializa o gosto Umami", esclarece San Gabriel.

Guanilato
Assim como o inosinato, o guanilato também é um nucleotídeo, porém, é possível encontrá-lo em diferentes alimentos secos, como os cogumelos porcini ou shiitake. A especialista ainda explica que "a presença de inosinato e guanilato amplia o sabor natural de cada alimento".

Na língua humana foram descobertos três tipos de receptores para o glutamato. "Um desses receptores se liga a glutamatos e nucleotídeos. Os nucleotídeos fortalecem a relação entre o glutamato e seu receptor e aumentam a intensidade do gosto Umami. É possível que também existam receptores para os nucleotídeos, mas nenhum foi descoberto até agora", finaliza.

UMAMI
É o quinto gosto básico do paladar humano, descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda. Foi reconhecido cientificamente no ano 2000, quando pesquisadores da Universidade de Miami constataram a existência de receptores específicos para este gosto nas papilas gustativas. O aminoácido ácido glutâmico e os nucleotídeos inosinato e guanilato são as principais substâncias Umami. As duas principais características do Umami são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento. Para saber mais, acesse www.portalumami.com.br.