quinta-feira, 7 de maio de 2015

Especialista alerta sobre maus hábitos e situações que podem
comprometer a eficácia da pílula
Com índice de falha entre 0,1% e 8%*, a pílula anticoncepcional é um dos métodos mais populares quando o assunto é evitar gravidez. Mas o que poucas mulheres sabem é que, apesar da baixa dosagem de hormônios, a pílula pode ser extremamente incompatível com algumas situações e hábitos considerados corriqueiros.
A combinação “pílula + cigarro” encabeça a lista das duplas perigosas, e oferece riscos especialmente para o coração. “o cigarro já possui mais de 4.000 substâncias tóxicas capazes de interferir em muitos dos nossos órgãos. Quando somado à tomada de anticoncepcional, chega a causar interação hormonal”, explica a ginecologista Elisabeth Leão, da Beneficência Portuguesa de São Paulo. De fato, o uso conjunto favorece a formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes dos vasos sanguíneos – o que, em casos extremos, pode causar hipertensão, trombose, AVC e infarto.
E o abuso de bebidas alcoólicas também não combina com a pílula. “Assim como o álcool, os anticoncepcionais diários também são metabolizados no fígado, por isso, beber em excesso sobrecarrega a função do órgão e pode ameaçar a proteção da mulher contra a gravidez”, destaca Elisabeth. Em pequena quantidade, as bebidas são inofensivas, portanto, o segredo está em não exagerar.
Da mesma forma, o sobrepeso também pode vir a ser um fator negativo para quem usa esse tipo de contraceptivo. “O excesso de peso é uma das grandes preocupações da medicina atualmente, pois pode comprometer o bom funcionamento do organismo”, destaca a especialista. “Embora não seja uma regra, mulheres obesas costumam ser mais predispostas a hipertensão, trombose e varizes, por isso, para aquelas que optam por esse método, recomenda-se acompanhamento médico e exames mais frequentes”, conclui.
 * Índice de falha relatado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Organização mundial de saúde e Ministério da Saúde.

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